Quando falamos em projeto, é comum imaginarmos tudo finalizado antes mesmo de começar. Mas, na prática, um bom espaço — seja ele uma casa, uma loja ou um ambiente corporativo — não nasce pronto. Ele se forma com o tempo, com a vivência, com os ajustes finos que só aparecem no uso real.
É por isso que testar também é parte do processo.
Antes da estética, vem a escuta: o que você precisa? O que é inegociável? O que está em aberto? Essa autoanálise vale para quem vai morar, trabalhar ou atender em um espaço. Porque por trás de cada atividade, existem pessoas. E são elas que interagem, circulam, sentem — direta ou indiretamente. Em um projeto comercial, por exemplo, é importante entender que o espaço precisa refletir não só a marca, mas a experiência que se quer proporcionar. E isso só se consolida depois de testar: a luz, o fluxo, o comportamento de quem entra. No corporativo, a rotina dita o que funciona — e o que trava. Às vezes a mesa está no lugar certo, mas o ambiente não flui. E isso só aparece na prática. Até mesmo em casa, as certezas mudam. Aquele móvel pode não funcionar como você imaginava. Um cômodo pode ganhar outro uso. E isso não é erro. É evolução.
Projetar com intenção é, sim, prever caminhos. Mas também é deixar espaço para o tempo fazer sua parte. Como em um jardim: você prepara a terra, escolhe as espécies, mas só vivendo o dia a dia é que entende o que cresce, o que precisa de mais luz, o que floresce junto.
Essa liberdade consciente é parte do processo. Uma consultoria bem feita ou um projeto alinhado ao que você é — e ao que você faz — considera essa margem de adaptação. Porque mesmo com escolhas claras, a vida sempre traz nuances. E espaços vivos respondem a isso.
Acredito que que ambientes não são cenários — são sistemas vivos de interação. Com função, com alma e com flexibilidade. Porque seja em casa, no trabalho ou no atendimento ao cliente, espaços precisam funcionar. Mas também precisam fazer sentido.
E isso só se descobre… testando.
Grata pela visita e pelo seu tempo,
Ulla.